Tevilah
("Batismo") -Um Mandamento
Autor: Richard
“Aharon”Chaimberlain
Editor da Revista em Língua
Inglesa Petah Tikvah
Tradutor:
Bonney Cassady
www.institutotefilah.com
Em Mateus :19-20 Yeshua disse, “Ide, portanto, fazei discípulos de todas
as nações, batizando-os em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo;
ensinado-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado...”
Estas são as primeiras palavras que Yeshua deu para nós no Livro de
Mateus. Primeiro, nós fomos chamados para “fazer discípulos(ou talmidim) entre
todas as nações”. No tempo de Yeshua, e nas correntes do Judaísmo hoje, era
comum um talmid (aluno ou discípulo) estudar aos pés de um rabino durante anos,
e então fazer discípulos também. O nosso Rabino é Yeshua. Nós precisamos ser
seus discípulos! E o nosso chamado é para fazer discípulos entre Judeus e
Gentios entre as nações. Yeshua poderia ter sido só o Messias para os Judeus,
mas não veio apenas para os Judeus!
Em Segundo lugar, nós temos que “imergir” ou “batizar” aqueles que se
tornarem discípulos do nosso Messias Yeshua, e finalmente, nós os ensinaremos “
a fazer tudo que eu vos tenho ensinado. . . “Yeshua disse: “Aquele pois que
violar um destes mandamentos, mesmo sendo um dos menores, e assim ensinar os
homens, será considerado o menor no Reino dos Céus; e aquele que observar e
ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.” (Mt 5:18) Então quando Yeshua
nos disse para ensinar aos outros “tudo que eu vos tenho ensinado”, não foi
aquele tipo de ensinamento anti-Torah hoje visto em muitas igrejas.
“Batismo” (ou tevilah) não é
uma invenção do Novo Testamento. O ritual Judaico da imersão na água foi
praticado por muitos séculos, muito antes do inicio do Ministério de Yeshua.
A única “Bíblia” que Yeshua e os seus
Talmidim (Discípulos) tinham era o Tanach (Velho Testamento – As Escrituras do
Fundamento). Eles não poderiam mencionar o Livro de Romanos para a imersão,
porque o Novo Testamento (Brit Hadashah) não tinha sido escrito ainda só em
décadas após a morte e ressurreição do Messias Yeshua.
Yochanan o Batista, na reliadade
não era um “batista”. Honestamente! Ele era um judeu observante e um filho de
Israel. Ele realizava Batismo para Arrependimento no rio Jordão. Yochanan
conhecia a Yeshua. Como crianças, eu creio que brincaram juntos como os meninos
costumam fazer. Hoje, muitos crêem que Yochanan foi trazido para Comunidade dos
Essênios tempos mais tarde. Os Essênios sempre praticavam o Tevilah, na maioria
das vezes banhando-se duas vezes por dia em banhos próximos ao Mar Salgado
(comumente chamado Mar Morto).
Nós
aprendemos em Mateus 3:4 que a sua dieta era feita com gafanhotos e mel
Silvestre. Alguns não tomam isto literalmente, mas crêem que Yochanan comia o
fruto da algarroba quem em
Hebraico: Charuv (Ceratonia siliqua), que era chamada
“árvore do gafanhoto”. Mas eu chego a acreditar que “João” literalmente comia
gafanhotos, que eram perfeitamente kosher,
Leviticus 11:22. Por que os Essênios tinham esta dieta tão diferente?
Bem, os Essênios não comeriam nada que não fosse
plantado ou preparado por outra pessoa que não pertencesse a sua comunidade.
Evidentemente, um membro seria expulso por infrações às muitas regras. No deserto aos arredores da Comunidade dos Essênios
em Qumran, alguém poderia morrer se fosse expulso da Comunidade de Qumran
(haviam também outras comunidades em outras localidades em Israel, mas a
Comunidade de Qumran era a maior e mais famosa entre as comunidades). Yochanan
aprendeu a preparar a sua comida. Eu ouvi que os gafanhotos são realmente
saborosos, embora eu ainda não tenha experimentado ainda!
Os
Essênios faziam parte de uma seita Judaica altamente disciplinada. Muito antes
da Igreja Católica aparecer, esta seita já era extremamente celibatária.
Esposos e esposas que viam juntar-se a comunidade viviam separados, então bebes
não eram concebidos. A Única forma de aumentar a comunidade era mediante
conversões. Muitas pessoas também temiam a segurança de seus filhos devido a
ocupação Romana, e os entregavam para serem adotados pelos Essênios.
Mateus 3:6 “E eram
por eles batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.” Crianças
não eram batizadas. A imersão era só para aqueles que se arrepender-se.
Crianças que não tinha alcançado ainda a idade de responsabilidade de
consciência “confessando os seus pecados”, então assim crianças não podiam ser
batizados.
A
palavra grega para batismo é Baptizma. O equivalente em hebraico é Tevilah que
se refere a banhar-se em águas correntes, ou seja de rio. Lago ou banheira
cheia com água corrente.
Em
Israel, para se juntar a comunidade religiosa e converter-se ao judaísmo, o
individuo tem que ser imerso (tevilah) dentro de uma mikvê e renunciar a sua
velha forma de viver, e então ser considerado uma judeu. Os judeus não
creem em aspersões. O individuo entra na água como Gentio e ressurge como
Judeu, este ato de fé renunciando todas idolatrias, e arrependendo-se de seus
pecados, e prometendo obedecer os mandamentos e cumprir com a Halachah (O
Caminho da Fé) exatamente como o nosso pai Abraão o fez.
Nós
podemos lembrar que para entrar no plano da salvação nós concordamos em um contrato de
casamento com o Deus de Israel no qual é explicado desta forma:
Jeremias 2:1-2: "Então veio a mim a palavra do Senhor dizendo: Vai
e clama aos ouvidos de Jerusalém: Assim diz HaShem: Lembro-me de ti quando eras
jovem, e o teu amor , quando noiva, e de como me seguias no deserto, numa terra
que não se semeia.”
Romanos
6:1-13 – Imersão
1 - Que diremos,
pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça? |
YHWH tomou a Israel como uma Noiva, então nós teríamos que perguntar: o que
acontece em um casamento judaico?
Um dos
costumes do Tevilah no casamento Judaico é quando a noiva se torna santificada
pela imersão na água. A palavra Mikveh significa uma tanque ou depósito de água
para ritual de purificação. Para as noivas, a imersão em água representa uma
demonstração externa de uma realidade interna. Significa a necessidade de
separar-se do mundo para unir-se ao seu esposo. Significa que você tem deixado
a sua vida passada para continuar uma nova vida em matrimônio. Quando nós nos arrependemos dos nossos
pecados, nós aceitamos o batismo para anunciar a nossa união com Yeshua
(alegoricamente – como um drash – O Corpo do Messias [a “igreja”] é a Noiva, ligada a Yeshua como o Noivo.)
Portanto nós devemos seguir a compreensão correta da imersão que tem sido entregue a nós através da Torah,
Profetas e Tradições Judaicas.
Até mesmo Yeshua foi
batizado (recebeu a imersão):
Mateus 3:13-15 “Por este tempo,
dirigiu-se Yeshua para Galiléia para o Jordão, a fim de que Yochanan o
batiza-se. Ele, porém, o dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por
ti, e ti vens a mim? Mas Yeshua lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque assim
nos convém cumprir toda Justiça. Então ele o admitiu.”
Assim como HaShem cessou a criação no Shabbat
(Gen2.3) como um exemplo para nós, Yeshua foi batizado como um exemplo para
nós. Nós que seguimos o exemplo de Yeshua, deveríamos estar bem atentos em
cumprir com ambas ordens: Guardar o Shabbat e descer as águas do Tevilah.
O Evangelho tinha que alcançar até a
comunidade de Judeus Negros da Etiópia antes de ser anunciado aos Gentios. Os
primeiros Gentios a receber o Evangelho do Messias Judeu (sem se converter ao
Judaísmo primeiramente) foi Cornélio e sua família em Atos 10. O Etíope em Atos
8 estava indo a adorar em Jerusalém, certamente no Templo. Contudo em
Deuteronômio 23:1 proibia um eunuco de adorar no Templo. Mas provavelmente, o
Etíope não era portanto um eunuco, como nós podemos ver no Novo Testamento
Grego. A palavra para “eunuco” nos Manuscritos em Aramaico é m’haimna
que significa eunuco, e também pode significar “crente” ou “pessoa fervorosa”.
Este
Etíope tornou convencido da Verdade de Yeshua sendo o Messias, como Felipe o
ensinou o significado da passagem de Isaías 53. A decisão dele para a mensagem
do Evangelho foi em Atos 8:36: “O que me
impede de ser batizado”? Ele retornou para Etiópia levando consigo a mensagem
do Evangelho.
Nos
dias antigos, tal limpeza era de suma importância no ritual de purificação. Os
Cohanim (“sacerdotes”) e outros por um momento ou outro tornavam-se ritualmente
impuros, em conseqüência disto banhavam-se constantemente (mikvês).
Deuteronômio 23:10-11 “Se houver entre vós
alguém que por motivo de polução noturna
não esteja limpo, sairá do acampamento; não permanecerá nele. Porém, em
declinando a tarde, lavar-se- à em água; e posto sol, entrará para o meio do
acampamento.”
Os Israelitas foram batizados simbolicamente no Exôdo do Egito:
1 Corintíos 10-1:4 “1 - Pois não quero, irmãos, que ignoreis que nossos
pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar;2 - e, na
nuvem e no mar, todos foram batizados em Moisés; 3 - e todos comeram do mesmo
alimento espiritual; 4 - e beberam todos da mesma bebida espiritual, porque
bebiam da pedra espiritual que os acompanhava; e a pedra era o Messias.”
Nós devemos entender que de
acordo ao tema Bíblico Tevilah (imersão em águas) foi instituído do Êxodo e que
a imersão poderia ter sido feita mais de uma vez como também no ritual de
purificação. Contudo, nós devemos compreender que um relacionamento completo
com o Deus de Abraão, Isaque e Jacó é um - - - - e casamento, e portanto o principio da
imersão torna-se essencial porque é a maneira pela qual a noiva se prepara para
encontrar com o seu noivo, mostrando obediência desde o inicio. “Espargir” não
faz parte do costume Bíblico”.
Queres agradar ao Pai Celestial? Se sua resposta é
“Sim” então não há mais o que esperar. Tu precisas ter fé e se obediente ao chamado
de Yeshua. No Judaísmo, aquele que imergir é meramente um facilitador. A pessoa
imerge-se, sob a supervisão de um Judeu observante da Torah. No Judaísmo
Tradicional, o corpo inteiro deve imergir, incluindo cada fio de cabelo. Quando
um Gentio se converte ao Judaísmo, ele ou ela imerge três vezes, geralmente
submergindo a cabeça dentro d’água. Depois de erguer-se a terceira vez de
dentro d’água, então ele ou ela é considerado um judeu. Ele ou ela recita o
“Shema” (Deut. 6:4). Esta Imersão Tevilah – simboliza que a mesma já
tem ocorrido no interior daquele individuo. A pessoa está que ele ou ela se
identifica completamente com Israel e o povo judaico. Geralmente falando, a
pessoa estuda com um rabino cerca de um ano antes de ter o Tevilah. O rabino
também é pago pelos seus serviços para preparar ao Gentio para conversão ao
Judaísmo. Tal converso também é chamado de “ger” que no hebraico antigo
significa “estrangeiro”, mas no moderno significa “convertido ao Judaísmo”.
Todo este processo é semelhante com a imersão em água (Romanos 6:1-13)
descrito na página anterior, desta forma tal pessoa é imerso como um “pecador”
e surge como uma nova criatura, identificando com a morte, sepultamento e
ressurreição de Yeshua.
O
Batismo em águas não “salva” a ninguém. A imersão mostra publicamente a decisão
de vida que o crente já tomou internamente, confirmando assim exteriormente.
Nós somos batizados porque nós somos redimidos, não para sermos redimidos.
Quando nós fomos isto em obediência ao mandamento, é essencial para o nosso
crescimento espiritual. Este não é um costume “gentilizado”. É totalmente
judaico em suas origens, e isto é feito particularmente assembléias Judaicas
Messiânicas.
Muitos
Gentios também estão se “convertendo” ao Judaísmo Messiânico, submetendo-se
assim a mikveh durante milhares de anos. Eles
se identificam com a Religião de Yeshua mais do que com a religião sobre Ele. Amém